Simon & Garfunkel: A Jornada Musical que Marcou Gerações e Continua Viva
Simon & Garfunkel. A simples menção desse nome já traz à tona uma onda de nostalgia, não é? Aquela combinação mágica entre as harmonias vocais de Paul Simon e Art Garfunkel é algo que marcou uma era – e, convenhamos, continua conquistando fãs até hoje.
Vamos dar um passeio por essa jornada musical incrível que começou de forma modesta, lá nos anos 50, e se transformou em uma das duplas mais icônicas de todos os tempos.
O Início de Tudo: De “Tom and Jerry” a Simon & Garfunkel
Quem diria que dois garotos do Queens, em Nova York, fariam história? Paul Simon e Art Garfunkel se conheceram ainda na escola, e a música foi o que uniu os dois desde cedo.
Eles começaram sua carreira sob o nome “Tom and Jerry” – sim, como o desenho animado! O som era bem diferente do que a gente conhece hoje.
Naquela época, eles faziam rock doo-wop, algo típico da década de 50. Em 1957, eles lançaram sua primeira canção, “Hey Schoolgirl”, que chegou a tocar nas rádios, mas ainda não era o suficiente para ganhar projeção nacional.
Foi só na década de 60 que as coisas começaram a engrenar. Abandonando os pseudônimos, eles decidiram seguir seus próprios nomes – e assim surgiu Simon & Garfunkel. Com o folk rock em alta, o estilo mais acústico de Paul e a voz angelical de Art encaixaram como uma luva.
“Wednesday Morning, 3 A.M.” (1964) – A Semente
O primeiro álbum oficial da dupla como Simon & Garfunkel, “Wednesday Morning, 3 A.M.”, não teve o impacto que esperavam inicialmente. Lançado em 1964, em pleno início da “invasão britânica” nos EUA, o disco estava muito focado no folk puro e acabou não caindo no gosto da época.
Mas o álbum trouxe uma pérola: “The Sound of Silence”. Na verdade, essa canção foi gravada de forma acústica no álbum original, e foi só depois que a gravadora, sem o conhecimento da dupla, adicionou instrumentos elétricos à faixa, criando o que conhecemos hoje.
Essa versão remixada explodiu nas paradas e lançou Simon & Garfunkel ao estrelato.
“Sounds of Silence” (1966) – A Consagração
Com o sucesso de “The Sound of Silence”, a dupla correu para gravar seu segundo álbum, “Sounds of Silence”, lançado em 1966.
Esse foi o momento em que eles realmente se encontraram, e não dá pra negar que a faixa-título continua sendo um dos maiores hinos da música folk-rock de todos os tempos.
O disco trouxe outras músicas memoráveis como “I Am a Rock” e “Kathy’s Song”, que mostram a habilidade de Paul Simon em criar letras profundas e introspectivas, enquanto Art Garfunkel as elevava com suas harmonias impecáveis.
Nesse ponto, a química musical entre os dois era indiscutível. As letras de Simon eram cheias de melancolia e reflexões sobre solidão e identidade, enquanto a voz de Garfunkel parecia dar vida a essas palavras de uma maneira que só ele conseguia.
“Parsley, Sage, Rosemary and Thyme” (1966) – Arte em Forma de Música
Ainda em 1966, a dupla lançou “Parsley, Sage, Rosemary and Thyme”, um álbum que muitos fãs consideram uma obra-prima. Aqui, Simon & Garfunkel começaram a experimentar mais, misturando o folk com elementos de barroco, usando arranjos mais complexos e letras ainda mais sofisticadas.
Faixas como “Scarborough Fair/Canticle” mostraram como eles sabiam combinar tradição e inovação. E quem nunca foi tocado pela delicadeza de “For Emily, Whenever I May Find Her”?
Esse álbum marcou a consolidação da dupla no cenário da música, e a sonoridade mais rica e elaborada também mostrou que eles estavam evoluindo como artistas.
“Bookends” (1968) – Reflexão e Maturidade
“Bookends”, lançado em 1968, é uma verdadeira viagem pela vida, repleta de momentos de introspecção e observações sobre o envelhecimento e o ciclo da vida. Este disco trouxe músicas mais politizadas e reflexivas, como “A Hazy Shade of Winter” e “America”, que capturam o espírito inquieto dos anos 60.
Mas o álbum será eternamente lembrado por “Mrs. Robinson”, que se tornou um dos maiores sucessos da dupla.
A música ganhou fama ao ser incluída na trilha sonora do filme A Primeira Noite de um Homem (The Graduate), e é até hoje uma das canções mais reconhecíveis do Simon & Garfunkel. Aliás, essa foi a primeira vez que uma música de rock venceu o Grammy de Gravação do Ano!
“Bridge Over Troubled Water” (1970) – O Legado Definitivo
E então, em 1970, veio o álbum que fecharia o ciclo da dupla: “Bridge Over Troubled Water”. Se há uma obra que encapsula a grandiosidade de Simon & Garfunkel, é esta. A faixa-título, com Garfunkel assumindo os vocais principais, é nada menos que épica.
É daquelas músicas que têm o poder de confortar a alma de qualquer um. Essa canção, mais do que qualquer outra, eternizou Simon & Garfunkel como lendas da música.
Outras faixas, como “The Boxer”, “Cecilia” e “El Condor Pasa”, mostram a diversidade musical da dupla. “The Boxer” é uma das narrativas mais pessoais e líricas de Paul Simon, enquanto “Cecilia” é pura alegria rítmica.
Não é à toa que o álbum vendeu mais de 25 milhões de cópias em todo o mundo, tornando-se um dos mais vendidos da história.
A Separação e as Reuniões
Após o lançamento de “Bridge Over Troubled Water”, as tensões começaram a aumentar entre Paul e Art. Os dois tinham visões artísticas diferentes, e isso acabou resultando na separação da dupla em 1970, no auge do sucesso.
Paul Simon seguiu uma bem-sucedida carreira solo, enquanto Art Garfunkel também explorou sua carreira solo e trabalhou como ator em alguns filmes.
Mas, como qualquer grande história de amor (e amizade), eles não conseguiram ficar completamente separados. Ao longo dos anos, houve várias reuniões memoráveis, incluindo o famoso concerto no Central Park, em 1981, que atraiu mais de 500 mil pessoas.
E não podemos esquecer a turnê mundial em 2003-2004, que mostrou que a química entre eles ainda estava viva e que milhões de fãs ao redor do mundo ainda queriam ouvir aqueles clássicos ao vivo.
O Legado que Nunca Morre
O que faz Simon & Garfunkel serem tão especiais até hoje? Acredito que seja o poder de suas músicas. Elas falam sobre temas universais – amor, perda, solidão, esperança.
Seja nas melodias complexas ou nas letras simples, há algo na música deles que ressoa profundamente com as pessoas.
E a verdade é que Simon & Garfunkel continuam a ganhar novos fãs. Seja através de trilhas sonoras de filmes, playlists de streaming ou até mesmo jovens descobrindo a magia de “The Sound of Silence” pela primeira vez, a música deles transcende gerações.
Isso sem falar nos milhões de fãs fiéis ao redor do mundo que mantêm viva essa chama, compartilhando suas histórias, álbuns e canções inesquecíveis.
Mesmo com todas as idas e vindas, o legado de Simon & Garfunkel é inegável. E enquanto existir alguém disposto a ouvir, aquela ponte sobre águas turbulentas continuará a oferecer consolo e esperança para todos nós.
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